domingo, 1 de abril de 2012

Avisem que eu sou gente

Porque as pessoas têm mania de engrandecer outras? 
Torná-las imortais e irreais.
Quantas vezes ouvimos, eu não sabia que você era assim, eu não sabia que você fazia isso, eu não sabia que você queria isso.
Um artista tem que ser um “deus” inalcançável, senão perde seu valor, torna-se banal. O fato é, saindo da TV, descendo do palco, deixando a redação, abandonando o posto, fora da escala, ele é exatamente como eu e você.
Somos cheios de estereótipos bizarros.
Porque favor. Avisem que eu sou gente.
Sim, sou humana. E tenho necessidades, afazeres e vontades como qualquer outro.
Eu preciso comer, ir ao banheiro, tomar banho, me sinto carente, preciso de companhia, eu fico alegre e triste, sim estou falando serio.
Acham que por eu levar as coisas na brincadeira, sou uma foliona, estão muito enganados. Na verdade sou até “quadrada”, sim tenho valores e não aceito tudo como normal não.
Apenas, acho que a vida é dura o suficiente para nós não precisarmos ser. Devemos levar as coisas um pouco menos a sério e mais leves. A seriedade a vida se encarrega.
 Já pararam para pensar que a mulher maravilha é mulher, e por isso tem TPM. Que em algum momento, o Super Homem também tem que lavar a cueca que usa por fora do uniforme. Que um NERD também perde a conexão. Que um festeiro se sente só e um pai de família também.
Todos estão sujeitos as mesmas coisas. No mesmo barco.
A única coisa que define as diferenças é o tempo.
Será que o quero e preciso é o mesmo que você, nesse momento?

 Autoria: Wanessa Wazmuth


2 comentários:

  1. Vai mentir que tu não quer e precisa de um chocolate agora!? xD Eu também quero e preciso! hahahaha bjooo gurias!

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  2. Ninguém é normal e isso é fato provado. Colocar sobre os ombros dos outros o fardo de herói, deus da música, senhora perfeita do teatro é uma forma das pessoas descarregarem um pouco de suas vidas banais e fúteis, enxergando uma irrealidade inexistente onde não existe nada mais que um ser humano normal.

    Quando isso se apresenta de forma tão próxima que nos envolve como vítimas desse acaso, não sabemos como mostrar que no fundo, somos todos iguais.

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